terça-feira, 7 de abril de 2009

2 meses: pequeno manual de impressões

tivemos uns probleminhas em relação ao diálogo bomba X minilink e da interpretação deste pela pessoa que escreve estas linhas.

resolvi esperar até ter certeza(?) de algumas facetas dessa nova tecnologia. foi um período de observação e descobertas...

mas acho que já estou pronta para compartilhar minhas impressões. pode até ser que sejam apenas "impressões", mas, ao observar, consegui melhorar meu desempenho na hora das trocas e no acompanhamento das glicemias.

vou tentar relatar na ordem que parece ser a mais lógica: da instalação à necessidade da troca, ressaltando a forma como devemos agir frente aos números - hipo e hiperglicemias - durante o período de "vida" de cada sensor.

trocando em miúdos

geralmente estava tendo problemas nas trocas do catéter e do sensor (sempre faço as duas trocas no mesmo dia, alternando os lados em que ficam a infusão de insulina e o sensor).

pois bem, quase tive uma coisa quando em uma das trocas me deparei com uma hemorragia, bem diferente da que eu já relatei em meu post anterior. dessa vez sangrou legal, mas depois passou. o problema é que ao inserir o minilink eu fiquei cismada e comecei a prestar mais atenção (do que sempre havia prestado) no diálogo inicial dele com a bombinha... resultado: na primeira mensagem de erro de sensor eu surtei e me desesperei. olhei para ele e vi que tinha sangue aparente (estancado). pronto, foi o suficiente para que eu já me antecipasse e retirasse o sensor.
na verdade eu ainda não tinha percebido que durante o processo de "diálogo" entre a bomba e o minilink, nas duas primeiras horas, coisas como erro de sensor, sinal fraco, falha do sensor, são perfeitamente normais. além disso, o tal número isig também varia bastante até ficar na normalidade, ou seja: entre 10 e 200.

vida e morte de um sensor

segundo o manual a vida de um sensor é de 3 dias, mas ao inicarmos o uso já recebemos orientações que essa dura um pouco mais e pode chegar a 5.
como vinícius tem apenas 4 anos e, claro, sei que não é fácil nem para ele (muito menos para mim) a aplicação dos cateteres, eu optei em testar os 5 dias, alternando o lado em que deixaria cada cateter.
o catéter de infusão de insulina, deve ser trocado a cada 3 dias para evitar infecção e coisas assim. só que nesses anos que vini usa a bombinha já vi infeccionar com 2 e já passei até 10 dias sem problema algum. Então fiz uma média e deu 5 um número razoável para cada troca, o que coincidiu com a troca de sensores.
mas isso, é bom que fique bem claro, não é regra e sempre que percebo alguma coisa incomum (glicemia sempre alta, sem baixar nunca; valores sempre estáveis demais, só para citar exemplos de um e de outro caso), faço as checagens e, se necesário, a troca do que for preciso.

bem, assim como não é certo que se possa passar exatos 5 dias com um mesmo catéter de infusão, também a vida de um sensor não tem um tempo certo. os 3 dias são garantidos, mas a partir de então, varia muito e temos que estar sempre atentos.

de que lado você está?

algo que tem acontecido sempre é uma diferença entre o desempenho do sensor dependendo de que lado do corpo está. sempre percebo que o minilink tem um melhor desempenho quando o coloco no lado direito (leia-se: quadrante superior direiro da bundinha dele), o lado oposto tem me dado problemas. um deles é na hora da calibragem do sensor. caso esteja perto de 300 já nem adianta eu fazer, pois vai dar erro. na verdade não tem dado muito um valor tão alto, mas as vezes dá, especialmente no pós-prandial. o que faço é que como já sei disso, já não faço a calibração nesse período, espero para antes ou bem depois, quando a insulina já está fazendo efeito em cima do carboidrato que ele ingeriu.

1 minuto

então, é verdade, a regra do 1 minuto existe! vem dizendo no manual e sandra (enfermeira) pontuou bastante. sempre que modificamos o estado do minilink precisamos deixá-lo processando essa mudança por 1 minuto. se estava carregando e sai do carregador: 1 minuto; se estava no corpo e vai para o carregador: 1 minuto; se vamos fazer um teste no dispositivo de teste: 1 minuto.
Sempre 1 minuto!!!

extras

essas eu descobri cascavilhando blogues pelo mundo de usuários de bomba de infusão e minilink, na verdade andré descobriu umas e eu outras...

. acho que a mais importante é em relação a dor na hora da instalação. especialmente quando estamos tratando de crianças tão pequenas e agulhas nada animadoras (especialmente a do sensor - a maior)

para aliviar a dor e, consequentemente, a rejeição por parte do usuário, aplicamos emla uma hora antes de fazermos as trocas. anestesia legal e ele não sente dor alguma. mas é preciso ter paciência e esperar os 60 minutos para o efeito ser satisfatório;
. os adesivos que colocamos por cima do minilink para evitar que fique balançando podemos encontrar nessas lojas que vendem material hospitalar. mas sai bem mais em conta se compramos em rolo e cortamos os quadradinhos nas horas vagas;
. o tempo de espera para a primeira calibragem do minilink quando trocamos, é variável e pode durar um pouco menos do que as duas horas informadas ou até mesmo bem mais que elas;
. eu já falei rapidamente mas em cima, mas vale lembrar que se vc percebe que a glicemia não se altera muito, mesmo depois das refeições ou depois de muito insulina, antes de fazer qualquer coisa, verifique o isig, provavelmente está alterado e abaixo de 10. já percebi que isso pode acontecer e que pode voltar ao normal também.

bem, eu vou cotinuar observando, caso eu descubra alguma coisa nova ou me lembre de algo que não coloquei aqui, volto imediatamente e disponibilizo a informação.

bjs e boa páscoa!

2 comentários:

Tati disse...

Amiga que aula!!!! bjos

Jeane Melo disse...

sim, uma super aula...
acho que vou ter que pescar na hora da prova. (rs)
fiquei meio boiando por conta das nomeclaturas, pq isso ainda é algo muito novo pra mim.
enfim, mas vc, como já te disse, é mesmo uma super-referêcia em relação a essa tecnologia.

parabéns. bjs da sua amiga.